Aumente a Produtividade da sua Produção Leiteira com Controle!
A produção leiteira brasileira ainda se encontra em um momento de transição. Ainda estamos buscando passar de um modelo extrativista para um setor competitivo e forte. Nesse sentido, começa-se a pensar uma produção de leite mais eficiente e de baixo custo.
Mas como dar o primeiro passo para alcançar o potencial competitivo da sua produção leiteira? Bom, para a Fertili, conhecer a sua cadeia produtiva interna, sobre qual ritmo caminha as atividades da porteira a dentro, é essencial.
Esse primeiro passo, por sua vez, encontra sua principal aliada na estratégia de controle leiteiro que envolve o conhecimento do ciclo produtivo das vacas e a criação de uma curva de lactação para cada animal.
Controle estratégico da produção leiteira
O que a Fertili chama aqui de estratégia, na verdade, é medida essencial tomada por qualquer produtor que visa levar sua produção leiteira a um novo patamar.
O controle leiteiro é o registro de produção de cada animal. É através dele que o produtor obtém uma estimativa segura da produtividade do rebanho. E é dessa forma que selecionar os melhores animais torna-se mais fácil.
Mas como fazê-lo?
Para construir um registro de produção, o produtor deve contar com o auxílio do conhecimento do ciclo produtivo das vacas. Só assim ele poderá, em um intervalo que varia de 15 e 45 dias, recolher dados suficientes que o permita construir uma curva de lactação para cada animal.
Conhecendo o Ciclo Produtivo das Vacas Leiteiras
Vacas leiteiras, como as das raças jersey, pardo-suíça e holandesas, têm potencial para produzir leite por mais de dois anos após o nascimento da cria. No entanto, essa capacidade de produção só será realmente definida pelas características genéticas de cada animal.
Portanto, para obter controle total, só conhecendo o ciclo de cada vaca, certo? Sim, mas existem períodos comuns que podem auxiliar o produtor de leite.
Período Seco/de Transição
O parto põe fim à gestação e início à produção de leite. O período produtivo de toda a vaca começa quando o bezerro nasce. No entanto, até aí é um longo caminho. O manejo correto das fases que antecedem ao período de lactação é determinante para a eficiência da produção leiteira.
No meio de todo o ciclo lactacional, um dos momentos que exigem mais cuidado é o chamado período seco ou período de transição.
Mas o que é esse período?
O período de transição se refere aos 45 a 60 dias antes do parto. Sendo que, o período mais crítico para uma vaca de leite são os 21 dias antes e após o parto.
O manejo alimentar correto durante esse período está diretamente ligado ao consumo de alimentos. Sendo que este, por sua vez, tem efeito direto na produção leiteira e na variação do peso vivo no início da lactação.
Como assim? Calma, a Fertili vai explicar
A alta ingestão de alimento no início da lactação reduz o tempo que as vacas permanecerão em balanço energético negativo.
Nesse sentido, um dos principais objetivos é conseguir vacas com condição corporal adequada para cada estágio de lactação. Potencializar o consumo de alimento durante o período de transição pode facilitar esse objetivo.
E no Caso das Novilhas?
Após ter diagnosticado a gestação e confirmado a concepção, a novilha já é manejada junto às vacas secas ou em um lote só de novilhas. Isso é importante pra que o animal comece a receber a alimentação adequada, para que chegue ao parto com o peso ideal (variando de acordo à genética).
Por volta de três a quatro semanas antes do parto, a novilha deve ser manejada junto ao lote de vacas em lactação. Desta forma, ela irá se adaptar à nova dieta e à rotina de ordenha das vacas em lactação.
Poucos dias antes do parto, a novilha deve ser levada para uma baia maternidade (confinamento) ou para o pasto maternidade (extensiva). A alimentação fornecida será a mesma dada para as vacas já em produção.
O Desmame
Muitos produtores que tocam a pecuária intensiva, desaleitam o bezerro tomando como único critério a idade (cerca de 60 a 120 dias), mas isso nem sempre é o ideal a se fazer. O desmame precoce deve ser feito apenas em bezerros que se desenvolveram bem. Pode ser que o animal ainda não consiga ingerir quantidades suficientes de alimento sólido e se sustentar sem o leite. O que pode gerar um bezerro subnutrido e mais suscetível à doenças.
Portanto, para a desmama, é aconselhado levar mais alguns critérios em consideração. Tais como:
- Se o animal estiver com 12% a 15% do peso de uma vaca. Para um Holandês isto será em torno de 80 kg;
- O bezerro deve estar consumindo cerca de 1,75 a 2 kg de concentrado por dia;
- Até o 28º ou 30º dia após o nascimento, o alimento com maior valor nutricional é e sempre será o leite.
Produtores de pecuária extensiva costumam desmamar o bezerro aos 6 a 8 meses de vida.
Prolongamento da Produção Leiteira
Para prolongar o período de lactação, é necessário que, após o desleitamento, a mama do animal seja estimulada pela ordenha natural ou mecânica.
Quando a mama é sugada ou pressionada, uma mensagem é enviada ao cérebro da vaca, estimulando a glândula hipófise, que libera um hormônio chamado oxitocina. A ocitocina chega à mama pela corrente sanguínea, contraindo as fibras musculares e forçando a liberação de mais leite.
A Interrupção da Produção de Leite
Para que o período de lactação seja interrompido, o que é recomendado nos dois meses finais de uma nova gestação, basta parar com a ordenha. O leite acumulado exercerá uma pressão que é o suficiente para o organismo interromper a produção.
Construindo a Curva de Lactação
É chegada a hora de construir a curva de lactação, mas do que realmente se trata?
A curva de lactação é uma representação gráfica da variação da produção de leite diária de uma vaca leiteira em função da duração da lactação. Essa curva pode ser utilizada para estimar a produção de leite em qualquer período ou no transcorrer da lactação.
Por que construir uma curva de lactação?
A resposta é simples: controle! O conhecimento do comportamento das curvas de lactação de um rebanho auxilia na adequação de técnicas de alimentação e manejo, no descarte e na seleção de animais, a partir de um padrão desejável e preestabelecido conforme a capacidade de produção.
Assim, comparar a curva entre diferentes grupos de animais, com distintas composições raciais, idades ao parto, rebanhos e outros é de enorme importância. Pois é desta forma que se obtém informações sobre a eficiência desses grupos. Ou seja, um controle de produção.
As Fases da Curva de Lactação
A curva de lactação é composta por basicamente três fases:
1- Crescente (até cerca de 35 dias após o parto); 2- Pico (produção máxima observada); 3- Declínio (continuo até o final da lactação, ou antes pela secagem completa aos 305 dias de lactação).
No entanto, existem duas principais características da curva que determinam sua forma: a persistência e o pico da lactação.
O Pico de Lactação
Como já foi dito, trata-se da fase correspondente à máxima produção.
A Persistência
A persistência de uma curva de lactação é medida da queda diária da produção, após ter atingindo seu pico, até o final da lactação.
Existem vacas com habilidade de manter a capacidade da sua produção mais constante. As vacas da raça Holandesa, por exemplo, costumam possuir taxa de persistência acima de 90%. Contudo, existem vacas menos especializadas com uma taxa de persistência de 80% ou até menos.
Afirma que uma vaca tem a taxa de persistência da lactação de 90%, significa que no próximo mês ela produzirá 90% do leite que ela produziu no mês anterior.
O Cálculo da Taxa de Persistência
Para calcular a Persistência da Lactação (PSL), pode-se usar a seguinte fórmula:
PSL = [1- ( (PLant -PLpost) x (30 / IECL) /PLant)] x 100
Onde:
PLant = Produção de Leite Anterior (produção de leite do mês anterior. 29 kg no exemplo) PLpost= Produção de Leite Posterior (produção do leite do mês atual. 23 kg no exemplo) IECL= Intervalo em dias entre os controles leiteiros (no exemplo abaixo usaremos 31 dias).
Ex.: PSL = [1 - ((29 - 23) x (30/31)/29)] x 100 = 80%
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