Caprino Boer: certeza de produtividade na caprinocultura
A História do caprino Boer
Os caprinos que deram origem aos atuais Boer eram encontrados nos continentes africano e asiático. Mas o Boer primitivo possuía características pouco similares ao caprino Boer moderno, pois tinha um físico franzino, muito diferente do que conhecemos hoje.
Contudo, todo o passado da raça é incerto. O que se sabe é que o caprino Boer atual tem descendência africana, asiática e europeia. Outra afirmação que pode ser feita é que na formação da raça, houve a participação de raças com boa aptidão para a produção de leite. Essa informação justifica a excelente habilidade materna desses caprinos.
Uma curiosidade sobre o nome Boer
O nome da raça vem de um termo falado na holanda e em algumas tribos africanas que quer dizer agricultor. No início da formação da raça, era comum que produtores agrícolas criassem aqueles novos caprinos. Desse modo, a nova raça era chamada de “caprinos dos Boer”. Daí surgiu o nome que se espalhou pelo mundo afora.
Conformação física e aptidão para o corte
Passando por uma metamorfose ao longo tempo, a raça Boer chegou a uma conformação física excelente para a produção de carne caprina. A carcaça do caprino Boer tem boa terminação e é uniforme. A carne é de boa qualidade e mesmo com pouca gordura (como é comum na carne caprina) é apreciada pela maciez e suculência.
Os caprinos Boer se destacam por sua aparência peculiar e elegante, formando uma das mais belas raças caprinas e sendo impossíveis de serem confundidos. A cabeça pequena com nariz chanfro, é avermelhada e contrasta com a alvura dos pelos do resto do corpo. Os Boer são grandes caprinos, mas ainda assim são compactos e uniformes. O peso das fêmeas varia entre 95 e 120 kg, enquanto que o dos machos entre 118 e 170 kg.
Qualidades do caprino Boer que aumentam a produtividade
As principais qualidades produtivas da raça Boer estão concentradas na reprodução. O macho Boer atinge a maturidade sexual com apenas 5 meses de vida e as fêmeas com 6 a 7 meses, sendo assim caprinos precoces.
Além disso, a fertilidade e habilidade materna das fêmeas também contam pontos para a raça Boer. As cabras ficam prenhas até 3 vezes num período de 2 anos, produzindo de 2 a 3 cabritos a cada parto.
O leite, rico e abundante nas fêmeas, garante que as crias vinguem com força e exuberância, sem muita interferência do criador e sem a necessidade de suplementação alimentar.
Com a boa capacidade de leite, a cabra Boer garante prole saudável e faz com que a mortalidade de neonatos em período de desmame seja quase nula, além de favorecer o ganho de peso, tão importante para raças de corte.
O caprino Boer e o manejo simples
Alimentação
O caprino Boer é um animal rústico e de baixa manutenção. Na questão alimentar e de ganho de peso, a habilidade materna das cabras ajuda muito o pecuarista com os cuidados do neonato.
Assim, após atingirem a puberdade, estes caprinos se tornam muito independentes, se alimentando de arbustos e podendo até pastejar em consórcio com bovinos, pois não interferem no pasto de capim.
Em condições normais de sanidade e alimentação, um caprino Boer ganha em média 350 g por dia. O produtor, contudo, deve se atentar à época de escassez e seca, e ter provisões de silagem para abastecer o rebanho, caso necessário.
Reprodução
O manejo reprodutivo merece um pouco mais de atenção. É comum, entre os criadores de Boer, fazerem duas estações de monta por ano. A proporção de machos e fêmeas na reprodução é de 2 bodes para cada 100 cabras Boer.
No quesito reprodução, em qualquer criação da pecuária, o uso da logística e organização é importante, tanto para o descarte de matrizes inférteis como para que a número do rebanho se mantenha em equilíbrio.
Sanidade
Os principais cuidados com a sanidade dos Boer estão relacionados à vacinação e à manutenção da higiene dos currais, principalmente quando são criados em sistemas de confinamento. Desse modo, a prevenção de doenças deve ser controlada à risca com a programação das vacinações.
O principal cuidado higiênico de produtores que criam Boer em sistemas de confinamento é para que a água e a ração não entre em contato com as fezes. No caso de contaminação dos alimentos, os Boer costumam contrair a coccidiose, doença que afeta o sistema digestivo dos caprinos.
Associação de criadores dos caprinos boer
A primeira associação de criadores de Boer surgiu na África do Sul em 1959, a partir daí as instituições ligadas à raça se multiplicaram e estabeleceram os principais critérios de seleção. Estes critérios foram responsáveis pela qualidade da raça Boer hoje.
Aqui no Brasil, a ABCC (Associação Brasileira de Criadores de Caprinos) já informou que o registro de criadores de Boer é o maior do país, comprovando a preferência de caprinocultores brasileiros pela raça, que é mais procurada em todo o país.
Dentre as cinco variedades de Boer (comum, mocho, pelo longo, nativo e melhorado) o comum e o melhorado são os que mais incorporam todas as características favoráveis da raça no que diz respeito à carcaça, precocidade e manejo simples. E, por isso, são as mais procuradas.
O manejo tecnológico do Boer
É graças a raças como a Boer no corte e a Anglo Nubiana no leite (num exemplo rápido) que a caprinocultura do Brasil tem crescido e se tornado o sustento para muitos pecuaristas. Entretanto, esse crescimento é impulsionado pela inovação, a pesquisa e a tecnologia, que quando aplicadas na caprinocultura são capazes de transformá-la surpreendentemente. Por isso, não fique longe da tecnologia. Comece entrando em contato com o maior mercado do mundo: o da internet. Clique aqui e crie hoje mesmo a sua conta gratuita no Fertili Mercado.