Otimização dos Lucros: O Próximo Passo da Gestão Pecuária
Gestão pra lá… gestão pra cá. Nos últimos anos, o setor pecuário brasileiro se viu saturado de sistemas que prometiam gestão completa, facilitada e sob controle. O que não foi nenhuma surpresa. Afinal, os avanços tecnológicos tendem a partir do básico, certo? E é sobre isso que estamos falando quando o assunto é gestão: sobre o básico e a necessidade da otimização. No entanto, algo parece ter dado errado. Apesar dos esforços dos sistemas de gestão em vender “a mudança”, ela não parece ter ocorrido de fato, por que será?
Me fala uma coisa...você conhece algum caso de sucesso, daqueles que enchem os olhos, cuja base transformadora tenha sido um aplicativo de gestão? Não? Bom, se gestão é o básico, por que as tecnologias implementadas dentro desta área não trouxeram transformações mais “radicais”? Você tem algum palpite para isso?
O erro dos sistemas de gestão
Em geral, a cadeia produtiva do setor primário (saiba mais) é composta por fases com grande dependência entre si. O processo de engorda, por exemplo, por mais bem manejado que seja, pode ter parte da sua eficiência comprometida pelo baixo desempenho das fases de cria e recria.
O que eu quero dizer é que um erro em A é um erro em Z, da mesma forma que mudar A sem pensar em Z não faz sentido. Confuso? Então vamos aplicar essa lógica a nossa discussão sobre gestão.
Nem só de planilhas viverá a fazenda
A questão toda é que gestão não se trata apenas da metodologia utilizada para organizar os processos. Não é sobre anotar informações e deixá-las categorizadas. Gestão é também resultado e direção. É anotar uma informação com o objetivo de conseguir um índice zootécnico. Analisar esse índice, a fim de averiguar de onde os recursos devem sair e para onde eles devem ir. E no final, transformar informação em ação para a melhoria da fazenda.
E foi aí que os sistemas deram com a cara na porteira. O desenvolvimento de softwares focados na imputação de dados sem a perspectiva de direcionamento fez com que as promessas tecnológicas dessem origem apenas a meros cadernos de campo digitais. O pecuarista passou seus dados do caderno para o tablet, mas continuou sem entender a sua própria produção, continuou sem alcançar o que deve ser o objetivo principal de qualquer agronegócio: a otimização do lucro.
Mas o que é otimização e por que esse deve ser o seu principal objetivo?
Otimizar quer dizer “criar situações favoráveis para”. É ajustar todos os demais processos em função de um objetivo: maximização de um resultado. A sacada da otimização, independente do setor no qual ela está sendo aplicada, está em potencializar o que já se tem. Ou seja, aumentar o faturamento de uma empresa sem a necessidade de aumentar gastos com a mão de obra, por exemplo.
Imagine a situação: você trabalha e tem uma rotina pesada. Como você pode ficar menos cansado ao longo do dia sem ter que dormir mais? É nessa lógica que o processo de otimização se desenvolve.
“E agora, José?” Como otimizar?
Dada essa rápida explicação, otimização parece ser o que todo e qualquer negócio precisa. E é! No entanto, eu preciso te explicar o porquê de o setor pecuário precisar ainda mais. A pecuária, enquanto uma atividade do setor primário, tem dinâmicas de mercado que nos lembram muito a teoria da concorrência perfeita: produtos homogêneos, informações popularizadas, alta concorrência e, o mais importante, a pouquíssima ou nenhuma capacidade de as firmas influenciarem no preço. Guarde essa última informação.
Agora pense comigo…
Se o seu principal fator de produção (a terra) não é ilimitado (o que te impede de aumentar a produção sem demandar de uma quantidade significativa de recursos) e se o preço do seu produto é determinado pelo mercado, como fazer para aumentar o faturamento do seu negócio? O que fazer para potencializar os seus ganhos?
Embora pouco popular, a resposta não é tão complicada: mudando seus processos da porteira para dentro com otimização dos lucros.
A otimização dos lucros
A partir de agora, vamos pensar em gestão de forma macro. Acordar para o dia pensando no principal objetivo de qualquer empresário: maximizar lucros. Você não vai mais fazer gestão para ter contas organizadas ou para ter uma planilha de gastos. Não ajustará A pensando em B. Você ajustará A pensando em Z. Passará a fazer Gestão para Otimização dos Lucros (GPOL).
Mas pensando no que você leu até agora sobre otimização, como maximizar o lucro com esse processo? Aliás, o que é o lucro? De forma geral e simplificada, todo bom empresário sabe:
Lucro = Receita Total - Custo Total
Então se faça a seguinte pergunta: dada a realidade da minha propriedade, em qual dessas variáveis (receita ou custo) eu poderei agir, a fim de maximizar os meus lucros?
Em qual variável eu vou agir para a otimização dos meus lucros?
O desafio da receita
Receita = Quantidade de Produto Vendido x Preço por Unidade
Já sabemos que o produtor não tem influência sobre o preço. Ou seja, você não pode esporadicamente aumentar o preço do seu produto. Não funciona assim. Então...o que nos resta? Aumentar a quantidade produzida?
Bom, por lógica, isso só deverá acontecer em resposta a um aumento da procura. E, ainda assim, como estamos falando sobre o setor primário, cujo ciclo produtivo é longo e “lento”, você não conseguirá aumentar a produtividade em uma semana. Ou seja, é mais comum uma alta no preço, do que um aumento da oferta enquanto reação “repentina”.
Aumento artificial da quantidade demandada?
Como poderíamos provocar um aumento artificial da quantidade demandada? Com publicidade? É hora de o agronegócio nacional entender que ele também precisa dominar estratégias de Marketing?
Ora, certamente que sim, mas para nos livrarmos do status de vilão e para fazer com que a cadeia produtiva se torne mais transparente para a comunidade. Não para aumentar o número de vendas! Não que não funcione, mas é que o setor é marcado pela homogeneidade dos produtos. Aumentar os gastos com algum tipo de publicidade, nesse sentido, poderia não compensar. O valor investido pode acabar sendo maior do que o retorno sobre o investimento.
Ou seja, aumentar a produção por essa perspectiva parece bem arriscado, certo? Se não arriscado, complexo demais.
Mas nem tudo são cravos…
Existe uma outra forma de aumentar a receita sem toda essa complexidade citada acima. No entanto, teremos que pensar em uma variável indireta, mas não menos importante: o tempo.
A receita e o tempo: um discurso sobre produtividade
Tanto na pecuária de corte, quanto na pecuária de leite, o tempo é um fator fundamental. Tratam-se de atividades marcadas por cadeias produtivas de ciclo longo e o produtor que nelas conseguir reduzir o tempo operacional para a obtenção do produto final, vai alcançar o seu maior potencial produtivo. Se você consegue aumentar a sua produção em detrimento de uma redução do ciclo, você vai estar aumentando a produtividade e otimizando o seu processo produtivo.
Mas ainda assim, todos os seus esforços irão por água abaixo se lhe faltarem duas coisas: controle de custos e mercado para escoar. Para o aumento da produtividade se tornar um aumento da receita, você vai ter que vender o que produz. Para o aumento da receita significar um aumento dos lucros, o aumento do custo terá que ser inferior ou proporcional ao aumento da receita e isso exige disciplina.
De qualquer forma, a expansão da receita requer planejamento, análise de mercado, análise de caixa, treinamento de pessoal especializado para lidar, por exemplo, com um número maior de vacas prenhes. Ao focar diretamente na receita, não potencializamos o que já temos, nós alteramos acrescentando, dispondo de mais recursos e isso não é otimizar.
O que eu e você queremos saber é: o que pode ser feito independente dessas variáveis. O que pode ser feito com a sua propriedade do jeito que ela está hoje?
Custos em foco
Esse é o momento de olhar para o lado direito da equação: os custos. Eles existem independentemente da produção. Ocupar um quadrado custa algo. Mas o que todo mundo sabe, mas poucos se dispõem de disciplina para fazer é minimizar custos. No entanto, fique atento: minimizar custos não é o mesmo que cortar gastos, ok? Cortar gastos infere um estado crítico, uma situação financeira delicada. Já a minimização de custos, esse é o resultado de um processo de otimização, é potencializar os ganhos através do reajuste de processos que diminuem os custos.
Mas quais reajustes seriam esses?
A tecnologia enquanto ferramenta de otimização e Minimização dos Custos
Talvez se eu te dissesse que tem como otimizar lucros apenas comprando um caderno de campo melhor você ficaria feliz. Mas não dá. Novas exigências do mercado e aumento da competitividade chegaram junto com a inovação tecnológica. O reajuste em processos do dia-a-dia da fazenda, a fim de minimizar custos, é feito com implementação de tecnologia da informação.
“Ora, mas a implementação de tecnologia não aumentará os meus gastos?” Bom, no final das contas, os valores serão recompensados e eu te mostrarei o porquê.
A automatização de processos dentro da pecuária
Falar em tecnologia é entrar em mundo de imensas possibilidades, né? Então comecemos pelas tecnologias desenvolvidas para a automatização de processos gerenciais. Porque como eu já disse lá atrás, os avanços (reajustes para a melhoria) tendem a começar pelo básico.
A automatização de processos gerenciais, a nível primário, consiste na facilitação dos manejos diários através de cadernos de campo digitais, com calendário, agenda, prontuário animal, demarcação de área e controle de entrada e saída do caixa. E onde entra a minimização de custos nesse nível? Nos seguintes benefícios:
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Redução do uso de papel
Isso aqui é algo simples e é até engraçado lembrar, mas eu trouxe dados que podem te assustar. Algumas estatísticas mostram que um empresário chega a gastar 1 mês por ano só procurando arquivos. E que as páginas impressas por dia nos escritórios do mundo todo chegam a alcançar a casa dos bilhões!
E o que esses dados significam? Gastos com papel, transporte, autenticação de assinaturas, com local de armazenamento e também com envio e postagem de documentos. Um sistema de gestão para a otimização de lucros pode reduzir tudo isso a um aplicativo no seu celular. Louco, né?
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Diminui a frequência de erros
A burocracia e o retrabalho decorrentes de processos inadequadamente estruturados são fontes de desperdício de dinheiro e do tempo dos colaboradores. Quando as contas estão ok, você pode até não perceber o quanto isso te custa. Contudo, quando as coisas apertam... os erros passam a parecer mais caros e você, enquanto produtor e dono de um negócio, enxerga a redução na folha de pagamento como a melhor alternativa, quando pode ser a pior.
Abordaremos isso no próximo item.
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Evita demissão para corte de gastos
Ao demitir um colaborador, sua empresa arca com gastos com direitos trabalhistas, certo? Mas não para por aí. Há também o impacto sobre a carga de trabalho que outros colaboradores terão que absorver e o desperdício de investimentos com treinamento, capacitação e ambientação da pessoa desligada.
Quando um sistema te oferece a oportunidade de otimizar todos os demais processos, essa opção (que sim, é custosa) deixa de ser a sua principal “fuga”.
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Melhoria na distribuição de responsabilidades
Outro aspecto que vale a pena destacar é a distribuição de responsabilidades, que, com a otimização, passa a ser definida com maior precisão e define com clareza onde se inicia e onde finaliza o dever de cada colaborador. Isso é decisivo na hora liminar os atrasos que ocorrem em decorrência da espera pela liberação de determinada atividade.
Além disso, você passa a fazer uma distribuição maior de tarefas nos níveis tático (para colaboradores confiáveis) e passa a ter mais tempo para focar na estratégia empresarial. Um sistema GPOL conta com uma versão exclusiva para os seus colaboradores.
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Permite identificar etapas desnecessárias
Vamos com calma. O que seriam etapas desnecessárias? Quando se fala em atividade dispensável, diz-se no sentido de que ela não agrega valor para o resultado final. Em outras palavras, se trata de todas as tarefas que não trazem melhoria significativa para o resultado e que, se forem excluídas do procedimento, não trarão queda de qualidade para os produtos oferecidos para o cliente.
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Mapeamento de falhas
Quando você organiza e reduz os processos a uma plataforma, fica mais fácil de se buscar por falhas, desperdícios e outros problemas que podem gerar ineficiência e prejudicar os resultados. Por meio desse procedimento, torna-se possível identificar todos os gargalos que, de alguma forma, afetam a produtividade da fazenda e impedem que os resultados alcançados sejam tão satisfatórios quanto poderiam ser.
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Reduz custos com rotinas mal-estruturadas
Usando a tecnologia para evitar que o tempo e a energia dos colaboradores sejam desperdiçados com procedimentos que podem ser otimizados, seu agronegócio se torna mais digital e competitivo.
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Redução da burocracia
Sabemos que processos engessados causam demora no andamento das atividades e, consequentemente, atrasam a sua finalização. Por outro lado, a gestão para otimização ajuda a reduzir a burocracia envolvida sem que haja problemas com a hierarquia, a tomada de decisão e a qualidade dos processos.
Gasto compensado é ganho garantido
Quando o objetivo é reduzir os custos, uma das medidas que são tomadas é o corte na folha de pagamentos e nos investimentos. Contudo, por mais contraditório que pareça, investir em um sistema de gestão para otimização é a única forma de alcançar uma minimização nos custos suficientemente eficaz para provocar expansão nos lucros.
É um conflito de vantagens, o bom e velho custo-benefício. A automação das atividades, a agilidade na execução das tarefas, o aumento da produtividade, a redução dos riscos, o aumento da confiabilidade e a segurança das informações saem limpando e otimizando a sua produção de ponta a ponta. E o melhor, os reajustes oferecidos por um bom sistema GPOL são notados no curto prazo.
Indicadores pecuários e a minimização dos custos de oportunidade
Com isso, entramos agora no mérito que não foi alcançado pelos sistemas de gestão atuantes no mercado até então: no universo dos resultados. Porque, veja bem, de nada adianta alimentar um sistema com dados por um período significativo de tempo e ele não te “cuspir” nada de volta. Um bom sistema de GPOL vai te proporcionar de forma facilitada indicadores de desempenho financeiro e índices zootécnicos.
Quando falamos sobre indicadores-chave de desempenho pecuário, estamos falando não apenas sobre tabulação dos dados, mas sobre o cruzamento entre esses dados, a fim de gerar um diagnóstico reprodutivo, produtivo e financeiro da propriedade.
Quanto custa a renúncia?
Esses indicadores são importantes na hora de entrar em processos decisórios. Você já parou para pensar sobre o custo de se tomar uma decisão errada? Qual é o custo de fazer escolhas no escuro? Ou melhor, o quanto te custa o que você deixa de ganhar? Essa linha de raciocínio é o que chamamos na economia de Custo de Oportunidade!
O custo de oportunidade é o valor que você renuncia ao tomar uma decisão. Aliás, há um custo de oportunidade para qualquer escolha, mas ele costuma ser muito maior quando as decisões são erradas ou quando elas são simplesmente baseadas em achismos. Por isso, pensar na renúncia deveria fazer parte do dia-a-dia no empresário brasileiro, concorda comigo? Mas não faz.
Agora pare e pense bem, se você deixar de implementar a otimização de lucros na sua fazenda, deixar de adotar uma tecnologia necessária, a que você vai estar renunciando? Qual vai ser o custo da sua decisão, dado o cenário de transformação tecnológica da Pecuária Nacional? Que tipo de pecuarista você será daqui 10 anos após essa renúncia?
A passos largos até onde você pode chegar?
E foi com o propósito de vencer esse tipo de dúvida que a Fertili resolveu dar o primeiro passo. Um passo largo e que nós pretendemos dar junto com você. Com a ambição de formar um time de pecuaristas 360, que dominam de verdade o processo produtivo bruto e que planejam cada dia dentro da fazenda visando a maximização dos seus resultados, nós temos mais que um sistema GPOL.
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