Pastejo rotacionado é eficiente? Descubra e entenda como aplicar
O principal motivo para aplicar pastejo rotacionado na fazenda são os vários benefícios que ele traz para a produtividade na pecuária de corte. Entre suas maiores vantagens estão o melhor aproveitamento do pasto e possibilidade de aumento da taxa de lotação.
Hoje, no Blog da Pecuária, vamos falar sobre o pastejo rotacionado e seu papel na missão de tornar a pecuária de corte mais intensificada.
O que é o pastejo rotacionado?
O pastejo rotacionado, também chamado de pastoreio ou pastejo rotativo, é um sistema no qual o pasto é dividido em várias áreas menores, chamadas de piquetes.
Nesse sistema, o tamanho dos piquetes varia de acordo com o planejamento da propriedade, quantidade de animais no rebanho e qualidade do pasto. Porém, fica geralmente entre 5 e 15 hectares.
Dentro de um sistema de pastejo rotacionado, com áreas divididas em piquetes, o gado pasta por um determinado tempo em um piquete . Quando o capim atinge uma altura considerada máxima, o rebanho é mandado para o piquete seguinte.
Assim, a forragem e o solo da área anterior consegue se recuperar. Dessa forma, no pastejo rotacionado o gado sempre come um pasto de qualidade. Afinal, o objetivo do sistema de pastejo rotacionado é fornecer alimento de forma constante e boa durante todo o ano. Aproveitando ao máximo a sua área de pastagem, sem esgotar os recursos do solo.
Quando trocar o gado de piquete?
Para identificar o momento certo de saída do gado de um piquete é simples. O ideal é saber quantos dias deve usar o pasto e qual o período de descanso efetivo para liberar a rebrota.
A taxa de lotação mais adequada será aquela que permitir o consumo de toda a forragem entre a altura de entrada e a altura de saída, num período de 1 a 7 dias.
A importância do manejo de solo no pastejo rotacionado
Quando se implanta o pastejo rotacionado em uma fazenda produtora de gado de corte, a preparação do solo é outro fator importante. As áreas de cultivo da pastagem devem ser avaliadas e preparadas entre 60 a 90 dias antes do plantio.
No processo de preparação do solo o pecuarista deverá:
- eliminar plantas invasoras;
- limpar a área da vegetação anterior;
- criar condições favoráveis para a germinação, permitindo maior contato da semente com o solo.
- facilitar as operações de plantio
- descompactar o solo, liberando maior infiltração de água e maior crescimento das raízes e da planta;
- incorporar calcário, matéria orgânica e fertilizantes no solo.
A importância do especialista em solo na pecuária
Como você percebeu, ao buscar melhorias na pastagem e alimentação do gado alguns cuidados não são tão simples. Portanto, é importante procurar um especialista para fazer as devidas recomendações sobre a adubação e a calagem do solo.
Na pecuária a pasto, a calagem tem como objetivos diminuir a acidez, ou seja, aumentar o pH do solo e disponibilizar cálcio e magnésio para as plantas que irão alimentar o gado.
A calagem é uma técnica usada no preparo do solo agrícola em que materiais de calcário são adicionados para neutralizar a acidez. Um processo como esse, que estimula e facilita a formação das pastagens tem uma relação direta com o aumento da produtividade na pecuária de corte.
Qual a melhor forragem para pastejo rotacionado?
O tipo de capim escolhido para aplicar pastejo rotacionado na fazenda de corte também é importante. Quando se fala em sistema de pastejo rotacionado, o pecuarista sempre deve pensar em capins produtivos e resistentes às pragas e ao pastejo.
Melhores capins para pastejo rotacionado
Brachiaria decumbens: tolera baixa fertilidade e é bastante palatável para o gado. Por outro lado, tem uma taxa de lotação mais limitada e é mais suscetível ao aparecimento de cigarrinhas.
Marandu e Piatã: são mais inflexíveis quanto à fertilidade, porém o material é de alto nível.
Gramíneas Xaraés: esses capins crescem rápido, são tolerantes a solos mais úmidos e funcionam muito bem em sistemas de pastejo rotacionado. Apesar disso, não são tão apetitosas para o gado.
Paiaguás: são capins que têm alta tolerância à seca e conseguem sobrevida em regiões com 6 a 7 meses de estiagem.
Como colocar o pastejo rotacionado em prática?
Agora vamos à pratica da aplicação do pastejo rotacionado na sua fazenda pecuária.
Porém, se você é um pecuarista que cria gado de corte e está em busca de aumentar a produtividade na fazenda, também recomendamos o Treinamento Gratuito da Metodologia 360.
Com ele, você estará preparado para fazer uma gestão pecuária que aumentará sua produtividade não apenas no pasto, mas em todas as áreas da cadeia produtiva da pecuária.
Agora sim, vamos ao passo a passo.
Determine a localização e estrutura dos piquetes
Sobre as cercas
As divisões de uma pastagem em piquetes são feitas de acordo com o número do seu rebanho e as forrageiras cultivadas. Para fazer as cercas que serão as repartições dos piquetes, o produtor pode-se utilizar arames e lascas já existentes na fazenda.
Outra alternativa é utilizar as cercas elétricas. Elas têm um custo de implantação quatro vezes mais baixo devido à menor necessidade de isoladores de canto e sua durabilidade é de aproximadamente 8 anos.
Porém, diferente das cercas tradicionais, deve-se ter uma manutenção constante para que não haja falha na energia elétrica, uma vez que o gado percebe não tomar choque ao encostar na cerca, a fuga é certa!
Sobre o formato dos piquetes
O formato do piquete também deve-se levar em consideração durante o planejamento do pastejo rotacionado. Portanto, a forma quadrada é a mais indicada, uma vez que o gasto com a cerca torna-se menor e permite um melhor aproveitamento do capim já que o pisoteio do gado é menor. Além do mais, é importante também fazer a entrada dos piquetes com a mesma largura dos corredores para que a mola fique esticada.
Sobre os cochos
Utilizar cochos com cobertura é sempre a melhor alternativa na pecuária de corte. Para os suplementos minerais, use 5cm lineares por animal e para alimentos proteicos, use de 8 a 15cm lineares por animal.
Sobre a água
A água oferecida para o gado não pode estar em uma distância superior a 500m do fundo do piquete. Se a distância for superior a esta, sobrará pasto no fundo e faltará perto da água. Além disso, sem a distancia adequada, há risco de fazer o gado caminhar bastante, o que não é ideal, uma vez que podem perder muito em nutrição ao não obterem água no momento em que têm sede.
Descubra quantos piquetes a sua fazenda precisa
O número de piquetes para cada fazenda depende do período de descanso e do período de ocupação indicados para a forrageira cultivada. Portanto, para aplicar bem o pastejo rotacionado, você calcular o número de piquetes de acordo com a seguinte equação:
Número de piquetes = (período de descanso / período de ocupação) + 1
Quanto menor o período de ocupação para um mesmo período de descanso maior será a necessidade de número de piquetes. E quanto maior a taxa de crescimento da planta forrageira (ex: área adubada), menor deve ser o período de ocupação.
Mantenha os manejos de solo e forragem em dia
No pastejo rotacionado, é muito importante manter a oferta de forragem em níveis adequados. Também é necessário manter um espaço adequado entre entre os cochos e bebedouros não haver competições entre os bovinos. Outro cuidado relevante é o manejo no curral, corredor, entrada e saída dos piquetes, que também influencia no sucesso do pastoreio rotacionado. Os espaços devem permitir boa circulação do rebanho e uma equipe bem preparada para conduzir os animais sem estresse.
Monitore lotes e áreas
O pastejo rotacionado exige uma logística e organização para funcionar. Portanto, é recomendado que gestão das tarefas da fazenda de corte esteja bem alinhada. Para isso, alinhe bem o time de peões da fazenda com os seus objetivos. Outra dica é fazer o controle das áreas e lotes via aplicativo de gestão pecuária, como o Fertili 360.
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