Tudo sobre a Raça Gir Leiteiro
Raça zebuína, o Gir Leiteiro entrou oficialmente no Brasil no ano de 1911 através de uma importação da Índia. A raça se concentrou, inicialmente, no Triângulo Mineiro, região que já era tradicional na criação de gado Zebu, principalmente o Guzerá e o Nelore.
Características Físicas Básicas
- A cabeça apresenta um perfil ultra-convexo, é média, fina e seca, com a fronte larga e a marrafa jogada pra trás;
- Voltadas para a face, as orelhas têm um comprimento médio e são pendentes. Começam em forma de tubo, enroladas sobre si mesmas, abrindo em seguida para fora e curvando para dentro;
- Os chifres são escuros, simétricos e grossos na base. Saem para baixo e para trás, de seção elíptica, se dirigindo para cima e curvando para dentro;
- Os pelos são finos, curtos e sedosos. A pele é solta, fina, flexível, macia, oleosa e apresenta coloração preta ou escura, característica que lhe proporciona tolerância à incidência solar.
Potencial Leiteiro
O Gir Leiteiro é o zebuíno de maior produtividade leiteira em clima tropical. A raça alcança uma média de produção leiteira em torno dos 3.233 kg, sob o regime de duas ordenhas (controle leiteiro oficial).
Sua lactação dura cerca de 307 dias e os animais produzem, em média, 12 kg de leite por dia. A idade adequada para o primeiro parto está em torno de 40 meses, quando o regime empregado é o extensivo (pastagem sem maiores cuidados no manejo).
O Leite
O Gir leiteiro produz um leite de grande qualidade nutricional, com grande porcentagem de gordura e proteína. Trata-se de uma produto bastante apreciado pela indústria de laticínios. Outra vantagem é a produção do Leite A2, tipo que diminui a incidência de alergias à determinada proteína do leite, comum em outras raças leiteiras.
A Rusticidade
A raça Gir Leiteiro também se destaca por sua rusticidade. Originária da Índia, um país de clima tropical, a raça se adaptou bem ao clima nacional. O animal tem um sistema termorregulador que permite que a vaca tolere altas temperaturas sem entrar em grande stress térmico, característica comum nas raças europeias.
Outra vantagem é o alto potencial de transformar pastagem em leite, o que lhe torna adaptada ao sistema de produção empregado na maioria das propriedades do país.
O Gir Leiteiro apresenta grande resistência a endo e ectoparasitas e, nesse sentido, dispensa a grande utilização de medicamentos e carrapaticidas que deixam resíduo no leite.
Cruzamentos
Quando cruzado com o Holandês, o Gir Leiteiro produz o Girolando, animal rústico, de excepcional conversão alimentar e de alta produção leiteira. No entanto, a raça pode ser cruzada também com vacas Jersey para produzir o Girsey, e com o Pardo Suíço que resultará no Giropar. O cruzamento com ambas as raças resulta em mestiços rústicos e de alta produção.
Melhoramento Genético Do Gir Leiteiro
O Programa Nacional de Melhoramento de Gir Leiteiro, iniciado em 1985, é grande influência nesse sentido.
Executado pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a ABCGIL - Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro e a ABCZ - Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e órgãos públicos e privados, o objetivo do Programa é promover o melhoramento da raça através da identificação e seleção de touros geneticamente superiores e de fêmeas de alto mérito genético.
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