Exportação Do Gado Em Pé: Entenda

Exportação Do Gado Em Pé: Entenda

A exportação do "gado em pé" consiste no transporte do gado vivo para outros países para a engorda ou abate. Parte da economia nacional, esse "novo" setor movimenta milhões ao ano, tende à expansão e já tem o seu peso significativo nas contas da Fazenda.

Os embarques brasileiros são liderados pelo estado do Pará (60% do total), mas os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul também aparecem como fortes exportadores. Já com relação aos países importadores, a Turquia, destino de 58% do gado exportado, substituiu a liderança Venezuelana. As negociações com a Venezuela despencaram devido à crise política e econômica enfrentada pelo país. Líbano, Iraque, Egito e Jordânia representam, respectivamente, os demais países importadores que são destaques nas negociações com o Brasil.

Os portos nacionais que embarcam animais vivos são: Barcarena. PA, Rio Grande, RS; São Sebastião, SP; Imbituba, SC, e Itaqui, MA.

Vantagens Do Novo Nicho

Exportação da Pecuária do BrasilAlternativa prática para o pecuarista escoar a sua produção, a exportação do gado em pé realmente aquece a economia. Aumentando a concorrência pelo boi, a arroba tende a ser valorizada. Essa valorização, por sua vez, tende a fazer com que o pecuarista invista em tecnologia. Leva-se em consideração, ainda, as necessidades básicas de mão-de-obra ao longo do processo de exportação do gado. O resultado é a promoção da diversidade de serviços, o desenvolvimento sustentável da atividade e a geração de empregos de forma direta e indireta.

Aspectos Negativos Do Setor

Os aspectos negativos referentes ao setor de exportação do gado vivo podem se dar por deslizes de ordem organizativa e estrutural.

Organizativa

O transporte dos animais, quando feito de forma inadequada, provoca danos aos animais durante grandes viagens, diminuindo o valor agregado ao produto. E, tratando-se de economia, a queda no valor de um produto tem efeito em outras cadeias produtivas: indústria de alimentos, pecuária, comércio varejista e atacadista.

Outra questão é a fiscalização dos produtos destinados à exportação. Quando esta não é feita de forma correta, aumenta o risco de contaminação em outros países. O resultado disso é um país importador "fechar suas portas" e, desta forma, gerar prejuízos econômicos para o país exportador.

Estrutural

Considerada como uma atividade nova, a exportação do gado em pé ainda encontra dificuldades na hora de definir preços justos e de reter benefícios. Por vezes, o preço da demanda é desfavorável e não compensa. O setor de exportação exige mais do produtor enquanto gestor.

Quer Investir Na Exportação Gado Em Pé?

Exportação de Gado em PéCaso você esteja interessado em investir na exportação do gado em pé, é importante ficar atento a alguns aspectos básicos:

Saúde Animal: Exames Exigidos

Das fêmeas acima de 30 meses é exigido exame de brucelose. Os exames devem estar em dia e, se necessário, podem ser repetidos antes da operação. Se animais com brucelose forem identificados na propriedade durante o processo, a penalidade para a fazenda é de seis meses de embargo. Já as fêmeas com menos 30 meses, é exigido apenas atestado de vacinação.

O Custo Sanitário 

Os exames por animal, vacinas e medicamentos em vacas acima de 30 meses, ou touros que já realizaram monta, saem em média a R$ 309,11. Para as fêmeas jovens (8 e 29 meses), a média é de R$ 175,86. Já para os tourinhos, R$ 200,74.

Trâmites Para Legalizar Sua Exportação

Para que um produtor esteja apto a exportar, alguns passos devem ser seguidos. Dentre eles, fazer a inscrição da fazenda no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) é o primeiro. Depois, o Indea faz um check list da propriedade que, ao receber a aprovação, entra na lista do Departamento de Saúde Animal (SDA). E, por último, mas não menos importante, ter o contato do possível comprador (telefone, endereço e dados pessoais para preenchimento do cadastro).

Condições Que Garantem A Jornada

A transportação só será permitida se estiverem garantidos: alimentação de qualidade e em quantidade suficiente; currais, brete e tronco de contenção corretos; instalações individuais ou coletivas, estábulos ou pastos em condições favoráveis; pastos com drenagem e ventilação; comedouros para os animais; local e equipamentos para armazenamento de medicamentos e de alimentos; instalações que forneçam água; acesso controlado para veículos e pessoas, e médico veterinário com anotação de responsabilidade técnica homologada no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT)  para o exercício profissional na Unidade da Federação onde se situa o estabelecimento.

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